Docentes de universidades públicas realizam paralisação nesta segunda-feira
- Colégio Lomanto
- 19 de ago. de 2024
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Foto: Reprodução/ site candeiasmix.com
Os educadores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) deram início a uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (19) após rejeição de uma proposta de recomposição salarial do governo estadual, em assembleias, na semana passada.
As unidades que não terão aula nesta segunda-feira são: Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Consoante a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), o congresso foi realizado na quarta-feira (14), no campus de Salvador. O ponto de vista dos professores é que, apesar da proposta do governo ter sido rebaixada, sucedeu um avanço nas negociações.
“O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano interior. Consideramos isso um fato positivo”, salienta o coordenador da Aduneb, Clóvis Piáu.
“Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, apresentou o coordenador.
A instrução dos sindicatos é que os educadores realizem atividades de concentração em todas as cidades do estado que tenham campi das Uebas. Podem ser realizados: panfletagem, rodas de conversa, uso de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio.
Em frente ao pórtico da Uneb, localizado no Bairro do Cabula, às 9h, será realizado um café da manhã com panfletagem.
Nesta segunda, na capital baiana, aconteceu mais uma reunião da mesa de acordos, entre os representantes do governo e dos professores das Uebas. A atividade será realizada às 14h30, na Secretaria de Educação.
Os docentes das Uebas também aceitaram uma contraproposta. Esta ideia será apresentada ao governo durante a reunião desta segunda-feira. A classe informou que a proposta havia sido desenvolvida utilizando os ganhos reais obtidos pela categoria na regência de Jaques Wagner.
Deste modo, o movimento docente pleiteia o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (baseado nos dados do IPCA), e adiciona um reajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser liquidado em 1º de janeiro (considerada data-base da categoria), nos próximos três anos.
Em nota, o Governo da Bahia comunicou que mantém interminavelmente assembleias com representações das universidades estaduais e permanece disposto a dialogar com a categoria.
Em suas palavras diz que, pelo fato de "entender a importância do fortalecimento do ensino superior público, o governo do estado vem continuamente investindo nas universidades estaduais, com destaque para valorização de seus docentes e técnicos".
Segundo o governo do estado, foram contemplados mais de 500 professores das quatro universidades públicas estaduais, por meio de uma revisão no quadro de vagas da carreira que irá acatar a ampliação do fluxo.
Conforme o governo, os ganhos médios diversificam de 7,83% a 9, 69%. Os professores universitários também adquiriram um reajuste complementar de 2,53% e com adição de 0,73% a 2,52%, em resultado da recomposição das variações percentuais entre as classes da profissão do magistério superior.
Fonte: site do g1